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21 de julho, de 2016 | 15:58

Jovem desaparecido desde o dia 15 foi torturado e assassinado

Apuração aponta que Brayan Acácio foi torturado, morto e enterrado no mato, por dívida de droga no atacado


Depois de vários dias de busca, uma equipe formada por policiais militares, bombeiros militares e familiares localizaram o corpo de Brayan Acácio Gonçalves, de 21 anos, encontrado enterrado e com sinais de tortura, em uma cova sob uma árvore. O corpo foi descoberto às 8h57 desta quinta-feira (21) em um acesso à estrada de Cocais dos Arruda, em Coronel Fabriciano.

No local, de difícil acesso, o tenente PM Sérgio Dias informou ao Portal Diário do Aço que a apuração ainda está em andamento, mas os familiares da vítima detalharam o que sabiam do caso.  

Desde o dia 13 de julho Brayan era procurado pela família. A mulher dele, Taune Kessia Borges, 18 anos, informou para a Polícia Militar que o marido quando saiu de casa por volta de 18h e não voltou mais.

Os levantamentos feitos pela polícia levaram ao depoimento de testemunhas que acreditam em um sequestro, seguido de assassinato por causa de uma dívida de drogas. Inicialmente, foram levantados nomes de dois traficantes que fizeram recentes ameaças de morte contra Brayan. Depois a polícia chegou ao nomes de mais dois envolvidos diretamente no caso.

O motivo da cobrança era porque Brayan estava responsável pela guarda de um carregamento de entorpecentes avaliado em cerca de R$ 15 mil e que acabou apreendido em uma operação da Polícia Militar.

A polícia passou a apurar a versão das testemunhas e chegou aos nomes de três irmãos envolvidos com o tráfico no bairro Manoel Maia e bairros vizinhos. Um dos irmãos está preso, mas, mesmo recolhido a um presídio, em Belo Horizonte, influencia nos negócios da organização criminosa, cujos membros são conhecidos por agirem com muita violência contra suas vítimas. O grupo responde pela acusação de envolvimento em roubos, e pelo menos quatro assassinatos entre 2015 e 2016.

Para a polícia, Brayan pertencia a essa organização e trabalhava sob comando de dois dos irmãos suspeitos de envolvimento no assassinato. Antes que a droga sob sua responsabilidade fosse distribuída, no dia primeiro de julho, uma equipe da Polícia Militar foi a uma casa na avenida Sanitária, bairro Judith Bhering, onde aprendeu o entorpecente depois de uma denúncia anônima.

Uma mulher que estava na casa foi presa e um adolescente de 17 anos apreendido. O marido da mulher, também apontado na denúncia, não foi encontrado. [[##1435##]]

A investigação mostra que, no dia seguinte à apreensão da droga, os dois irmãos traficantes procuraram Brayan e o alertaram que teria de ressarcir a organização em R$ 15 mil, por causa da apreensão, proferindo ameaças de morte.  

Sequestro

A polícia já sabe que, na noite do desaparecimento, Brayan foi rendido por quatro homens, dois dos quais armados. Testemunhas disseram que o homem rendido foi obrigado a entrar em um Ford Fiesta de cor prata, no qual seguiram sentido ao bairro Caladão, onde o devedor da quadrilha de traficantes foi torturado e assassinado pelo grupo.

Desde o dia 17, mesmo com informações imprecisas sobre o local onde estava enterrado, familiares e policiais procuravam pelo corpo, que somente foi encontrado hoje (21), a 600 metros da estrada principal do Cocais, logo depois da caixa d’água do bairro Caladão.

Reconhecido

O corpo de Brayan foi desenterrado nas proximidades de uma árvore e reconhecido no local pela mulher da vítima e um dos irmãos dele. Os suspeitos do crime ainda são investigados. O caso foi repassado à Delegacia de Homicídios de Coronel Fabriciano, que dará sequencia às investigações.

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